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Cidades

Quadra Residencial do DF é modelo de acessibilidade

  • Amós Carlos
  • 5 de abr. de 2017
  • 2 min de leitura

A QR 16 do Riacho Fundo II foi pensada para a inclusão de pessoas com necessidades especiais

Imagina o quão difícil deve ser caminhar por ruas cheias de obstáculos, de olhos vendados, e sem sequer saber o que lhe espera pela frente. É isso o que acontece com a maioria dos deficientes visuais pelas avenidas do Distrito Federal, enfrentando diversos problemas. Mas, há uma exceção em meio à tanta regra: a quadra residencial número 16, localizada no Riacho Fundo II.


O projeto do quarteirão surgiu em 2006 por conta da forte demanda de moradores da região. O local abriga 240 mil lotes que, em sua origem, foram destinados somente a pessoas com necessidades especiais (PNE), porém, por falta de condições para construir, alguns foram vendidos para outras pessoas, mas a quantidade de moradores PNE ainda prevalece. Justamente por isso, a quadra foi revestida por piso tátil e acrescida de faixas de pedestre.


Mas, apesar de ter sido desenhado para ser um exemplo de acessibilidade, o local ainda apresenta problemas. A falta de semáforos que emitem sinal sonoro, por exemplo, incomoda os deficientes visuais, que dependem do auxílio de voluntários para atravessarem as vias, e nem sempre essas pessoas estão por perto ou dispostas a ajudar.


Fernando Rodrigues, professor da rede pública e morador do Riacho Fundo II, é deficiente visual e enfrenta dificuldades para fazer suas tarefas diárias. Principalmente fora da QR 16, que não conta com piso tátil e está sempre repleto de veículos estacionados em locais que deveriam servir de acesso.


Leandro Moreno, assessor dos deficientes visuais na Administração Regional do Riacho Fundo II, denuncia um outro problema: a disputa de espaço de pedestres com ciclistas é constante. Ainda que existam ciclovias para a circulação, os ciclistas preferem andar lado a lado com os pedestres nas calçadas, atrapalhando a utilidade do piso tátil para quem realmente necessita.


Apesar de tudo o que foi feito pela acessibilidade no Riacho Fundo II, a necessidade de melhorias ainda é visível”, reconhece Adriano Cícero Rolim, funcionário da administração regional da cidade.


Ainda que a QR 16 tenha muitos problemas, a quadra merece destaque por atender as necessidades dessa parte da população que tem tantos direitos como qualquer outra. Serve de modelo ao restante do Distrito Federal, que não possui nenhum outro lugar com a acessibilidade do quarteirão do Riacho Fundo II.


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